Data: 31-08-2012
Criterio: B1ab(i,ii,iii)
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
A espécie é de Floresta Ombrófila Densa do Brasi Brasil, ocorrendo nos Estados de São Paulo e Santa Catarina. Tem EOO de 5.712,06 km², e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. Seus municípios de ocorrência, como Iporanga (SP) e Blumenau (SC), apresentam áreas severamente fragmentadas por atividades agrícolas e de pecuária, que impossibilitam a reprodução da espécie, causam declínio da EOO, da AOO e da qualidade do hábitat.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Myriocoleopsis fluviatilis (Steph.) M.E.Reiner & Gradst.;
Família: Lejeuneaceae
Sinônimos:
Descrita originalmente na obra Journal of Bryology 19: 639. 1997., a espécie é uma hepática pequena, reófita e foliosa que cresce em densos tapetes verdes (Reiner-Drehwald, 2002).
Até 2002, a espécie possuia subpopulações conhecidas somente nos Estados de São Paulo e Santa Catarina, em quatro localidades. Três destes registros foram efetuados no século 19, e uma data de 1975 (Reiner-Drehwald, 2002).
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Bastos, 2012). Costa (com. pess.) não confirma registro para o Paraná; segundo a especialista, M. fluviatilis está sendo sobreposta por M. gymnocolea, uma vez que a grande parte das coleções recentes atribuídas a M. fluviatilis se tratarem da segunda espécie.
A espécie ocorre ao longo de rios e córregos, sobre pedras e ocasionalmente em pequenos arbustos ao longo das margens dos mesmos (Reiner-Drehwald, 2002), em Florestas Ombrófilas Densas e Mistas (Costa et al., 2009), associadas aobioma Mata Atlântica (Bastos, 2012).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência
national
Severidade
very high
Detalhes
Segundo Hallinbäck; Hodgetts (2000), a perda e degradação de habitat são as mais sérias ameaças àsbriófitas em todo o mundo. A degradação reduz a qualidade do habitat, causandoo desaparecimento das espécies sensíveis, já a fragmentação conduz ao isolamentodas comunidades de briófitas, visto que a dispersão e a reprodução sãodiretamente afetadas. Além disso, a fragmentação e destruição do habitatrepresentam as maiores ameaças para espécies com distribuição restrita ouendêmica (Costa; Santos, 2009).
1.3.3 Wood
Incidência
local
Severidade
very high
Detalhes
A supressão da cobertura vegetal e a deterioração de cursos d'água ocasionados pelo estabelecimento de hidroelétricas são considerados por Reiner-Drehwald (2002) as maiores ameaças a essa espécie.
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo I da Instrução Normativa nº6 de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo, portanto, oficialmente considerada ameaçada de extinção.
1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: A espécie consta como "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida pela IUCN (2010).
1.2.2.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Criticamente em Perigo" (CR) em avaliação de risco empreendida pela Fundação Biodiversitas (2005).
- BASTOS, C.J.P. Lejeuneaceae in in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB097404>. Acesso em: 10 maio 2012.
- BRYOPHYTE SPECIALIST GROUP 2000. Myriocoleopsis fluviatilis in In: IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Disponivel em: <www.iucnredlist.org>. Acesso em: 10 maio 2012.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- COSTA, D.P. Briófitas - Musgos. In: STEHMANN, J.R. ET AL In Plantas da Floresta Atlântica. 2009.
- HALLINGBÄCK, T.; HODGETTS, N. Mosses, liverworts & hornworts: a status survey and conservation action plan for bryophytes, Gland, IUCN, 2000.
- COSTA, D.P.; SANTOS, N.D. Conservação de hepáticas na Mata Atlântica do sudeste do Brasil: uma análise regional no estado do Rio de Janeiro. Acta Botânica Brasilica, v. 23, n. 04, p. 913-922, 2009.
- REINER-DREHWALD, M.E. Myriocoleopsis fluviatilis (Steph.) E.Reiner & Gradst., IUCN Red Data sheet, 2002.
- COSTA, D.P. Comunicação da especialista Denise Pinheiro da Costa, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (RJ), para o analista de dados Eduardo Fernandez, Pesquisador do CNCFlora, em 15/10/2012, 2012.
- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.
CNCFlora. Myriocoleopsis fluviatilis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Myriocoleopsis fluviatilis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 31/08/2012 - 16:37:59